9 de abr. de 2010

O julgamento do afogado

Ao amanhecer Jesus apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo.

Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos e disseram a Jesus:

"Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério.

Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?"

Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo.

Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela".

Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão.

Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando pelos mais velhos.

Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele.

Então Jesus pôs-se em pé e perguntou-lhe:

"Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou?"

"Ninguém, Senhor", disse ela.

Declarou Jesus: "Eu também não a condeno.

Agora vá e abandone sua vida de pecado".

João 8:2-11


EXISTE UMA TRIBO africana que tem um habito chamado o julgamento do afogado, este julgamento se dá quando um assassino é preso. Identificado como assassino, julgado e condenado, este tem atado suas mãos e seus pés, e lançado ao mar. A familia do homem ou da mulher assassinado ou assassinada, decide se vai deixar o assassino se afogar ou se vai salvar o assassino do afogamento, por isso o nome julgamento do afogado.


A tradição desta tribo na África diz que se a familia da pessoa assassinada deixar que o assassino se afogue, ela terá justiça, mas nunca será curada da sua dor e do seu luto. Porém se a familia da pessoa assassinada salvar o assassino do seu afogamento, ela não terá justiça, mas ela será curada da sua dor, do seu luto, do seu ódio do seu ímpeto de vingança.

Em outras palavras, a justiça perpetua a dor e perpetua a ferida aberta. O perdão redime e cura.


O que Jesus esta dizendo é que se queremos uma sociedade redimida ela não pode ser uma sociedade baseada na justiça, ela precisa ser uma sociedade baseada na graça, na gratuidade, no perdão, na compaixão, solidariedade e na bondade.